São Paulo, 15 de dezembro de 2020. Terça-feira.

285 dias em isolamento. 

6.977.796 casos totais de contaminação por Covid.

182.925 mortes totais desde o início da pandemia.

915 mortos em um único dia! Segundo pesquisa do Datafolha, 22% dos brasileiros informaram que não pretendem tomar a vacina contra o Covid. Enquanto isso, o Bolsonaro deu entrevista ao Datena na Band declarando que não vai tomar vacina “e ponto final”. Disse ainda que quer obrigar as pessoas a assinarem um termo de responsabilidade. Depois de repetir a palavra hidroxicloroquina pelo menos oito vezes dentro de um período de trinta minutos, ele também falou que não confia no Datafolha e que pretende entrar com pedido de liminar para restabelecer o voto impresso para as eleições de 2022, já declarando que vai, sim, se reeleger. 

Por Eduardo Suplicy: Cumprimento o ministro Edson Fachin, do STF, por ter suspendido a decisão do presidente Jair Bolsonaro de acabar com a alíquota de importação  de armas. Em abril deste ano, o presidente assustou a nação ao afirmar que deseja armar todo povo brasileiro. Fachin alertou para “a gravidade dos efeitos potencialmente produzidos pela medida que pode gerar aumento dramático das armas de fogo.” Disse que “o Estado deve diminuir a necessidade de armas de fogo, e não o contrário.” Bolsonaro precisa aprender que a criminalidade decorre da gravíssima desigualdade social do país e que muito mais eficaz será implementar medidas como a Renda Básica de Universal para garantir o sustento de toda a população. 

Por Joaquim de Carvalho: Agente da Abin que orientou defesa de Flávio sobre como anular processo era segurança de Bolsonaro no dia da facada… A defesa de Flávio Bolsonaro recebeu, efetivamente, informações e orientações para obter junto ao Judiciário a nulidade do processo em que o senador é acusado de comandar uma organização criminosa para desviar recursos públicos e lavar dinheiro ilícito… O servidor que teria encaminhado as mensagens é Marcelo Araújo Bormevet, que é agente da Polícia Federal desde 2005. A relação de Bormevet com a família Bolsonaro é anterior à eleição de 2018. Ele estava lotado na Polícia Federal em Juiz de Fora no episódio da facada, em 6 de setembro, e fez parte da equipe de segurança de Jair Bolsonaro… A ida de Bormevet para a Abin parece se enquadrar no cenário descrito por Gustavo Bebianno no programa Roda Viva, no último mês de março… “Um belo dia, o Carlos me aparece com um nome de um delegado federal e três agentes, que seria uma Abin paralela, porque ele não confiava na Abin. O general Heleno foi chamado, ficou preocupado com aquilo, mas o general Heleno não é de confronto, e o assunto acabou ali com o general Santos Cruz e comigo, nós aconselhamos ao presidente que não fizesse aquilo de maneira alguma, porque, muito pior que o gabinete do ódio, aquilo seria também motivo para impeachment”, contou.

Publicado por Fernanda Serpa

Formada jornalista há 15 anos, sou produtora de conteúdo freelancer. Especializada em redação web, também tenho grande carinho pela criação de ficções e poesias. Sou budista, mãe do Dante e culinarista por hobbie.

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